segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Domingos ainda não encontrou um lugar ao sol



















A chuva hoje deu tréguas, pelo menos no Porto, apesar de 19 de Janeiro ser o dia mais infeliz do ano, segundo um especialista da Universidade de Cardiff. A segunda-feira acordou com sol, mas para Domingos este é (mais) um dia cinzento, e de facto muito infeliz, depois de ontem ter sido afastado do comando técnico do Vitória de Setúbal. Onze derrotas em 17 jornadas ditaram o destino do agora ex-treinador da equipa sadina. 
Sempre fui fã do Domingos, na versão jogador. Mesmo quando era incompreendido e aguardava no banco a chamada para entrar em campo e fazer o que melhor fazia: golos. Muitas vezes rotulado de 'brinca na areia', Paciência não ia abaixo com as críticas e era vê-lo, de corpo franzino, a brincar na área adversária e a meter a bola no fundo da baliza. Gooooooo-loooooooooo. Ainda o estou a ver de indicador espetado no ar, junto à bandeirola de canto, a festejar.  E poucos minutos em campo bastavam para ser considerado o homem do jogo e  levar para casa (mais do que) um black&decker que, nos tempos do jogador no Porto, uma estação de rádio oferecia.
Em 1997, estava a passar férias em Tenerife no dia em que o homem-golo chegou para jogar pelos espanhóis, na primeira e única vez que vestiu a camisola de outro clube que não a dos dragões, ao longo da carreira de jogador (sem contar com a do Leça). Fui ao estádio esperar o craque, num dia quente, escaldante. Mas não foi calorosa a experiência do leceiro na equipa do Tenerife. Nem têm sido muito solarengos os dias de Domingos como treinador, nem em Portugal nem além-fronteiras. Bola pra frente, Domingos. Paciência nunca te faltou e um dia o sol volta a brilhar para ti. Eu acredito. 

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